Blogue sobre ambiente, o rio Tejo e seus afluentes, o Interior e a desertificação. .
A poluição e a cadeia alimentar bem como os crimes
ambientais.
As assimetrias!
A pandemia da covid-19 e a nossa resiliência como sociedade e País!
Créditos para a Carla Tomaz e Jornal Público pelo texto e imagens. Trata-se de uma repescagem de 2012 e a consideração que deixo aqui é a seguinte: * Então se até esta data tanto a Câmara de Vila Velha de Ródão como o ARH Tejo faziam denuncias periodicamente,porque deixaram de o fazer?
Vila Velha de Ródão: ARH do Tejo acusa câmara e Centroliva de descargas ilegais
Lusa e
PÚBLICO
As populações e as comunidades piscatórias junto ao Tejo também revelaram as suas preocupações. Carla Carvalho Tomás
A Administração da Região Hidrográfica (ARH)
do Tejo elaborou “autos de notícia” contra a Câmara de Vila Velha de
Ródão e a empresa Centroliva, por alegadas descargas ilegais de
efluentes, informa um relatório daquela entidade.
Na sequência de queixas sobre alteração da
cor das águas do rio Tejo, a ARH realizou na terça-feira uma acção de
fiscalização na ribeira do Açafal e no Rio Tejo, junto a Vila Velha de
Ródão.
Fonte da ARH do Tejo disse hoje à Lusa que os fiscais
testemunharam a existência de descargas “com pequenos caudais” feitas a
partir da central de biomassa da Centroliva e a partir de uma fossa
séptica da autarquia, na zona industrial.
No entanto, só os
resultados de análises às águas poderão concluir se estas descargas
estarão na origem das manchas negras que têm surgido em troços do Rio
Tejo desde a última semana.
Segundo com o relatório da ARH do
Tejo, foram elaborados “os respectivos autos de notícia” contra a Câmara
de Vila Velha de Ródão e a Centroliva, “cujos processos de
contra-ordenação irão correr os trâmites legais”.
Durante a mesma acção de fiscalização, foi efectuada uma colheita pontual na empresa Celtejo.
Foram
ainda realizadas “colheitas complementares, para avaliação dos
parâmetros de óleos e gorduras”, na albufeira do Fratel junto ao cais de
Perais, na foz da ribeira do Açafal e no cais do Arneiro, na margem
esquerda do rio Tejo.
Fonte da GNR adiantou hoje à agência Lusa
que há, pelo menos, duas novas queixas feitas por particulares junto a
Vila Velha de Ródão, que “ainda vão levar à recolha de novas amostras
nos próximos dias”.
Aquela força de segurança já tinha feito uma recolha de água para análise na terça-feira, aguardando também os resultados.
Essa
primeira recolha foi feita depois dos alertas sobre possíveis descargas
poluentes devido à alteração da cor da água nalguns troços do Rio Tejo.
Denúncias sucedem-se há meses
O
Bloco do Esquerda e o Partido Ecologista “Os Verdes” anunciaram na
última segunda-feira ter questionado o Governo sobre a situação. Na
interpelação feita ao Governo, os deputados d’ “Os Verdes” referem que a
água apresenta uma “cor castanha escura, quase preta”, devido a uma
substância que “a olho nu se assemelha a hidrocarbonetos”.
Num
relatório de ponto de situação, após nova fiscalização feita na
quarta-feira, os serviços de fiscalização da ARH do Tejo asseguram que
há uma “melhoria no aspecto das margens e da água”.
Ainda
persistem “algumas situações pontuais de água com coloração mais
carregada, principalmente em zonas mais paradas, com alguma matéria
depositada nas margens e leito”, mas a fiscalização está “em crer” que a
situação “tenderá a normalizar-se”.
Aquela entidade revela que
“vai manter-se atenta à evolução da situação” em articulação com o
Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Castelo
Branco e de Nisa.
Não é a primeira vez que há denúncias de focos
de poluição no leito do Tejo na zona de Vila Velha de Ródão, no
distrito de Castelo Branco. Já em Setembro do ano passado a Quercus
tinha denunciado a ocorrência de descargas poluentes que pintaram as
águas de castanho. Em Dezembro, o problema voltou a repetir-se e a
motivar uma pergunta do Bloco de Esquerda ao Governo.