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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

IPIMA RECLASSIFICA INTERDIÇÃO DE APANHA DE BIVALVES

                                     PROIBIDO MEXER NO BERBIGÃO
                    Apanhar berbigão, mexilhão, ameijoa  todo ou qualquer bivalve!

                          (e eu pergunto então é só na zona do Estuário? E o resto?
                IPIMA RECLASSIFICA INTERDIÇÃO DE APANHA DE BIVALVES



http://agriculturaemar.com/ipma-reclassifica-interdicao-de-apanha-de-bivalves/ As populações ribeirinhas continuam à espera que as análises microbiológicas, toxicológicas e sanitárias sejam efectuadas duma forma vertical e enquadrando todo o rio Tejo


É importante este alerta, em relação à zona do Estuário, mas deviam ir + fundo e esclarecer as pessoas sobre o peixe do rio Tejo, as frutas e legumes que têm sido criados a partir dos terrenos  e das águas do Rio Tejo contaminadas.

    As populações ribeirinhas continuam à espera que  as análises microbiológicas, toxicológicas e sanitárias sejam efectuadas duma forma vertical e enquadrando todo o rio Tejo.
    Dos diversos Institutos com capacidade analítica ainda ninguém falou, quando já deveriam ter vindo às televisões em horário nobre e esclarecer as pessoas se se pode comer o peixe e estes frutos e legumes do rio Tejo, ou não.  Como a Protecção Civil Nacional não diz nada, dá a impressão de que estas dioxinas que provocam problemas de diversa ordem e nomeadamente cancerígenas, devem fazer bem aos olhos, a quem as ingere.
       Neste ano de 2016 e pouco depois de ter terminado a COP21 só poderei dizer lamentável, dado o abandono das populações ribeirinhas em todo o percurso do Tejo, mas nomeadamente a zona do médio e alto Tejo. Cordialmente e obrigado se passaram  os olhos aqui no blogue. Fiquem bem mas não se esqueça que o rio Tejo está complicado. Meu conselho: tome precauções!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Dioxinas e Dibenzofuranos no meio Ambiente. A grave toxicidade dos químicos utilizados pelas industrias de pasta de papel

e outras
=PERMITO-ME ACONSELHAR AS AUTORIDADES PORTUGUESAS A DEBRUÇAREM-SE SOBRE ESTES ESTUDOS POIS É TUDO DEMASIADO GRAVE O QUE TEM ACONTECIDO EM ALGUNS RIOS PORTUGUESES E COM ESPECIAL INCIDÊNCIA AQUI NO RIO TEJO=
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http://www.spq.pt/magazines/BSPQ/596/article/3000867/pdf


Este estudo não é da minha autoria #De Mattos Sébastien, mas sim dos autores abaixo indicados a quem agradeço e faço a minha vénia pessoal e também em defesa desta Causa da defesa dos Rios e com o enfoque no Tejo.
   Obrigado às Faculdades Portuguesas que participaram também nesta abordagem técnica bem como aos Mestres e Pesquisadores.
     Este Estudo sobre a toxicidade dos produtos químicos utilizados pela industria de tratamento de pasta de papel é publico. Existem outros estudos análogos, incluindo de autores portugueses=====================




Dioxinas e Dibenzofuranos no meio Ambiente J.C.M.BORDADO*, H.M.S.FERREIRA**, J.F.P. GOMES*** 1. INTRODUÇÃO Ao longo deste século verificou- -se um grande desenvolvimento da indústria química, nomeadamente na produção industrial de compostos de síntese, tendo-se que uma das grandes áreas de desenvolvimento ocorreu ao nível da química dos compostos organoclorados. O cloro, apesar dos problemas de segurança e toxicidade que sempre apresentou, foi un elemento que permitiu o aparecimento de diversos polímeros - dos quais o mais vulgarizado é o policloreto de vinilo (PVC) com inúmeras aplicações - dos herbicidas e pesticidas como o DDT e fluidos dieléctricos e aerossóis designados genericamente por clorofluoro-carbonados (CFCs). O fabrico intenso de compostos organoclorados que se verificou a partir da década de 40, aliado à sua grande estabilidade biológica e molecular, tem vindo, progressivamente, a colocar problemas ambientais urna vez que os compostos deste tipo, por regra bastante tóxicos, se têm vindo a acumular na natureza de forma preocupante. Além disso, o esforço humano em reduzir a acumulação dos compostos acima referidos conduz, por vezes, à produção de compostos de toxicidade ainda mais elevada como são as dibenzo-para-dioxinas policloradas, correntemente designadas por dioxinas (PCDDs - "PolyChlorinated DibenzoDioxins"). Algumas dioxinas e dibenzofuranos são compostos cancerígenos para os animais e também para os seres humanos. Embora ainda não sejam totalmente conhecidos todos os efeitos das dioxinas nem estejam explicados todos os mecanismos pelos quais elas actuam, já se encontram definitivamente estabelecidos alguns aspectos toxicológicos que permitem classificá-las como das substâncias mais tóxicas conhecidas. No que diz respeito à sua origem, tem-se que estes compostos nunca foram produzidos industrialmente com um objectivo concreto mas resultam, como produtos indesejáveis, de reacções secundárias em diversos processos industriais das indústrias química, do papel e da celulose, metalúrgicas (e particularmente, siderúrgicas), de desengorduramento de metais e de fabrico de materiais poliméricos. Contudo, urna outra fonte particularmente importante destes compostos reside nos processos de combustão que ocorrem em incineradores, quer se trate de incineradores de resíduos urbanos, hospitalares ou industriais, quer de plásticos e de lamas de depuração de tratamento de águas e efluentes líquidos, particularmente no caso em que os teores em compostos clorados sejam significativos. Dada a elevada perigosidade dos compostos anteriormente referidos, tem-se vindo a procurar diminuir os níveis de emissão e os respectivos impactes ambientais daí decorrentes. Esta diminuição passa pela introdução de novos processos, incluindo a optimização da combustão nos sistemas de incinera- ção, mas também pelo uso de combustíveis isentos de cloro e pela substituição de produtos e matérias-primas industriais contendo cloro. Concomitantemente, têm vindo a ser desenvolvidas técnicas cada vez mais precisas de doseamento analítico destas substâncias, embora seja este um campo onde se verifica ainda a necessidade da realização de trabalhos de Desenvolvimento de métodos, por forma a permitir urna correcta monitorização ambiental que, de momento, ainda é difícil de efectuar para alguns tipos de matrizes, em particular em amostras de natureza biológica. As dioxinas passaram a ser "tristemente célebres" a partir de acidentes graves de derrames em unidades industriais do sector químico, como foram o de Times Beach, Missouri, EUA, no início dos anos 70, e principalmente o de Seveso, Milão, Itália, que ocorreu em 1976. No dia 10 de Julho de 1976 verificou-se uma libertação extemporânea de urna mistura de compostos químicos contendo 2,3,7,8- tetra clorodibenzo-p-dioxina (TCDD), para a atmosfera, a partir de uma fábrica da indústria química situada na localidade de Seveso, atingindo uma área considerável, densamente povoada, nas proximidades de Milão. A ocorrência deste acidente veio mostrar a necessidade da Indústria conhecer em detalhe os riscos e perigosidade dos produtos libertados em condições de emergência ou acidente, mas também as dificuldades, tanto da indústria como das autoridades, em fazer face a emergências desta natureza. Eata circunstância levou ao aparecimento de uma nova filosofia de notificação e prevenção de acidentes industriais ditos "graves", consubstanciada por legislação europeia específica conhecida corno a Directiva Comunitária Seveso. Além disso ficaram ainda evidentes os poucos conhecimentos de que se dipunha acerca das dioxinas, em termos da sua química, mecanismos de formação e de reacção, e toxicidade.
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DAS DIOXINAS E DIBENZOFURANOS A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith, mas a estrutura do composto só ficou completamente esclarecida em 1957 [1]. A primeira síntese de TCDD também foi efectuada em 1957 [2], tendo-se verificado que, em ambos os casos, os técnicos de laboratório envolvidos nos trabalhos foram hospitalizados com sintomas de intoxicação [3]. Entre esta data e o acidente de Seveso, encontram-se documentados diversos acidentes ocorridos no processo de produção de 2,4,5-triclorofenol a partir de 1,2,4,5- -tetraclorobenzeno, que atingiram mais de 410 trabalhadores. No entanto, a toxicidade da TCDD só passou a ser devidamente estudada a partir do acidente de Seveso [4]. Os derivados clorados das dibenzo-para-dioxinas são compostos orgânicos com analogias estruturais com os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs). Os átomos de hidrogénio das posições 1 a 8 podem ser todos substituídos por átomos de cloro, havendo assim um total de 75 possibilidades de ocorrência de derivados clorados diferentes, de entre os quais a 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina (2,3,7,8-PCDD ou TCDD), é o que apresenta o maior QUÍMICA - 72 . 1999 15 a r t i g tI grau de toxicidade [5 e 6]. A investigação sistemática destes compostos efectuada a partir de 1976 revelou aspectos da elevada toxicidade das dioxinas e, em particular, que a TCDD é declaradamente a substancia cancerígena mais potente, em termos de organismos humanos, alguma vez avaliada pela USEPA, a Agência de Protecção Ambiental Americana [6]. Isto significa que mesmo a exposição a quantidades extraordinariamente diminutas deste composto pode provocar efeitos, na saúde, muito sérios e irreversíveis. Diversos estudos toxicológicos em roedores, peixes e macacos têm vindo a demonstrar que a exposi- ção a TCDD tem efeitos carcinogénicos, reduz as defesas imunológicas e a fertilidade [5]. Apesar da quase total inexistência de estudos em humanos, por razõ- es compreensíveis, reconhece-se que a persistência de TCDD no organismo é elevada, sendo estimada a sua meiavida no organismo em cerca de 7 anos. Até agora, os efeitos observáveis em indivíduos expostos a dioxinas têm estado associados a sindromas não letais como o aparecimento de cloroacne, a activação de alguns enzimas (tais como os da família dos citocromos P450) e a possível redução da contagem de espermatozóides, hem corno alterações do sistema imunoló- gico e da velocidade de coagulação do sangue [6]. A exposição dos seres humanos a altos níveis de concentração de dioxinas ocorrida durante os graves acidentes industriais anteriormente referidos resultou, em primeiro lugar em afecções tais como cloroacne e doenças do fígado [7]. Estudos epidemiológicos efectuados sobre as populações expostas e publicados depois desta data [8], estabelecem definitivamente que as dioxinas são promotores/carcinogénicos corno já havia sido demonstrado em animais. Os indícios existentes relativos à elevada toxicidade são mais do que suficientes para impor a identificação das fontes de dioxinas e reduzir as emissões para o ambiente, evitando assim contamina- ções através da cadeia alimentar que é urna das principais fontes próximas de contaminação do homem. 3. FONTES PRINCIPAIS EMISSORAS DE DIOXINAS E DIBENZOFURANOS PARA A ATMOSFERA Historicamente, as fontes emissoras de dioxinas e dibenzofuranos classificam-se em três categorias principais: a) Industriais : —processos da indústria química — processos da indústria de celulose e papel —processos metalúrgicos e side rúrgicos —desengorduramento de metais —fabrico de retardantes de chama contendo bromo e/ou cloro h) Processos de combustão 11.1) Fontes estacionárias : —incineradoras de resíduos municipais — incineradoras de resíduos tóxicos e perigosos —incineradoras de resíduos hospitalares —combustão de lamas de depuração de ETARs —processos de reciclagem de metais b.2) fontes móveis : —exaustão de gases de veículos automóveis —incêndios florestais e incêndios controlados em actividades agrícolas —fumo de cigarros b.3) fontes acidentais: —combustão de policlorobifenilos (PCB), PVC, incêndios envolvendo outros materiais plásticos, etc. c) Fontes secundárias: —exaustão de gases provenientes de aterros e áreas contaminadas —aplicações decorrentes da utilização de lamas de depuração de Estações de Tratamento de Aguas Residuais (ETAR) 3.1. Indústria química e indústrias paraquímicas No que diz respeito aos processos de produção da indústria química, são de salientar os seguintes processos como potenciais geradores de dioxinas e dibenzofuranos como produtos secundários do processo de fabrico por ordem decrescente de importância : —produção de clorofenóis e seus derivados —produção de clorobenzeno e clorobenzenos substituídos —síntese de compostos clorados alifáticos —processos que recorrem a intermediários clorados —produção de compostos clorados inorgânicos —processos que utilizam solventes e catalisadores clorados —manufactura de retardantes de chama contendo bromo e/ou cloro A indústria química e as industrias paraquímicas que utilizam compostos de cloro têm vindo a aceitar a necessidade de contribuir para o estudo e resolução do problema, investindo em tecnologias mais limpas ou, quando possível, isentas de cloro. O melhor exemplo a este respeito é a evolução recente que se verificou no sector de produção de pasta de celulose, em que foram inicialmente desenvolvidas as tecnologias ECF ("Elemental Chlorine Free" - isenta de cloro elementar) e posteriormente TCF ("Total Chlorine Free", isenta de quaisquer compostos de cloro). No caso deste sector industrial a matéria-prima, a madeira, é a fonte de compostos orgânicos que sofrem halogenação pelo contacto com os agentes clorados que intervêm no processo de branqueamento, tendo a formação de compostos organoclorados vindo a ser reconhecida nesses processos de fabrico [9]. Rosenberg et al [10] efectuou um estudo de caracterização das atmosferas ocupacionais da unidade de branqueamento e da máquina de papel de uma fábrica de produção de pasta na Finlândia. Foram encontradas concentrações (expressas como I-TEQ), no ar, de 2,3,7,8 dioxinas e dibenzofuranos que variavam entre 0,04 e 1,9 pg/m 3 , tendo-se que os dibenzofuranos se encontravam presentes em quase todas as amostras e as dioxinas em muito poucas. É de registar que se verificou, neste estudo, que as concentrações mais elevadas de ambos os compostos foram obtidas nas amostras colhidas na unidade de branqueamento quan- 16 QUÍMICA • 72.1999 Tabela I - Emissões de PCDD/PCDF nos gases de exaustão de um incinerador de resíduos sólidos urbanos (RSU) de segunda geração (média de 22 amostras) PCDD ng/Nm3 PCDF ng/Nm3 2,3,7,8-CI 4 DD 0,5 2,3,7,8-CI4DF 2,1 Total das espécies CI 4 DD 11 Total das espécies CI4DF 72 1,2,3,7,8-CI ; DD 2,3 1,2,3,7,8-CI7DF 7,8 Total das espécies CI S DD 24 Total das espécies CI 5 DF 112 1,2,3,4,7,8-CI 6 DD 2,9 1,2,3,4,7,8-CI6DF 13,1 1,2,3,6,7,8-CI 6 DD 4,0 1,2,3,6,7,8-CI6DF 12,0 1,2,3,7,8,9-CI 6 DD 3,6 1,2,3,7,8,9-CI6DF 1,1 Total das espeécies CI 6DD 41 Total das espécies CI 6 DF 98 1,2,3,4,6,7,8-CI 7DD 27,3 1,2,3,4,6,7,8-CI7DF 71,0 Total das espécies CI 7DD 57 1,2,3,4,7,8,9-CI7DF 7,0 CI 5DD 148 Total das espécies CI 7DF 106 Total das espécies C1 4-CI S DF 281 CIt1DF 95 I-TEQ 11,8 Total das espécies C1 4 -CI 8 DF 483 Fonte: 1241 í3 i ^ o do esta processava madeiras de bétula. Os compostos halogenados como as dioxinas e dibenzofuranos que se formam no processo de produção de pasta de celulose são emitidos para o ambiente exterior nos efluentes gasosos e em suspensão nos efluentes líquidos, em particular no caso dos provenientes das unidades de branqueamento de pasta. Uma vez que se trata de compostos muito estáveis, extraordinariamente difíceis de degradar (são estáveis a temperaturas superiores a 700 C, o que é uma razão para a sua elevada persistência), estas espécies ficam em grande parte retidas nas lamas quando se efectua o tratamento de efluentes líquidos. Essas lamas podem sofrer vários tipos de utilização, entre os quais a reciclagem para produção de papel se o teor e qualidade de fibras ainda for apreciável, embora muitas vezes sejam depositadas em aterro ou incineradas em caldeiras de biomassa. Se tal acontece, as dioxinas presentes nas lamas podem vir a ser, em parte, emitidas para a atmosfera, dada a dificuldade de destruir esses compostos, mesmo às altas temperaturas verificadas nas unidades de combustão [11]. Além disso, verificase a ocorrência destes compostos nas cinzas resultantes da operação dessas caldeiras, de acordo com os estudos de Someshwar et al. [ 12]. Estes autores, através de uma série de campanhas de medição efectuadas em unidades nos Estados Unidos, encontraram um teor de emissão médio, para estas caldeiras, de 4,9 10-10 kg I-TEQ por tonelada de lamas alimentada. Em incineradores de resíduos sólidos urbanos a emissão típica média era em 1987 de 1,4 x 10 - 7 kg 1-TEQ por tonelada de resíduos. Nos modernos incineradores de resíduos sólidos as emissões típicas são hoje mais de 10000 vezes inferiores. 3.2. Indústria Siderúrgica Outro sector industrial em que se verifica ocorrerem emissões não neglicenciáveis de dioxinas é o sector siderúrgico. De uma pesquisa efectuada, recentemente, sobre o sector siderúrgico sueco chegou-se ao quantitativo global de 0,8 ng I-TEQ/g de partículas emitidas [ 13], considerando a Agencia de Protecção Ambiental Sueca que este sector é a principal fonte de dioxinas neste pais. Também na Suécia e na Holanda foram detectados, em unidades típicas de sinterização, teores nos efluentes gasosos superiores a 3 ng/Nm 3 t o que faz corresponder (nesses países) a um valor médio de cerca de 24 g I- -TEQ/ano por unidade fabril que integre uma unidade desse tipo. Do mesmo modo, em partículas emitidas a partir de processos de fundição, tem vindo a ser detectada a presença de dioxinas em quantidades superiores a 22,7 ng I-TEQ/g. Se hem que existam poucos estudos a respeito deste sector para a Europa do Sul, é de prever que os teores sejam também elevados nesta região, tanto mais que aqui se verifica, geralmente, a existência de unidades antigas, de pequenas dimensões, e que processam grandes quantidades de sucata de metais ferrosos, muitas vezes contaminada com outros materiais. 3.3. Incineração de resíduos Por último, o sector da incinera- ção de resíduos, quer se trate de resí- duos sólidos urbanos (RSU), quer se trate de resíduos urbanos, hospitalares ou tóxicos e perigosos, é, sem dú- vida aquele que é mais do conhecimento pelo público corno potencial fonte de emissões de dioxinas, estando assim sujeito a grande pressão por parte deste e dos media. Possivelmente por estas razões existe, na generalidade, um melhor conhecimento dos níveis de emissão neste tipo de unidades, que são fruto de intenso estudo analítico [4]. Assim, no que diz respeito às emissões de unidades de incineração de resíduos sólidos, os níveis de incerteza são de facto menores uma vez que as condições de amostragem são mais favoráveis e as investigações efectuadas sobre estas últimas fontes resultaram num melhor conhecimento dos mecanismos de formação e decomposição destes compostos, principalmente nos sistemas de incineração de resíduos urbanos [14]. Na tabela I apresentam-se dados dos teores típicos de dioxinas e dibenzofuranos presentes em gases de exaustão de incineradoras de resí- duos sólidos urbanos. 3.4. Veículos automóveis Conforme se referiu anteriormente, a exaustão de gases de escape de veículos automóveis é ainda responsável pela emissão de compostos desta natureza para a atmosfera. Compostos halogenados como o dibromometano e o dicloroetano são adicionados à gasolina com chumbo para evitar a deposição de compostos de chumbo nos motores. A ausência QUÍMICA . 72 • 1999 17 Tabela II - Estimativa das emissões anuais de dioxinas e congéneres referidos a 1995, no Reino Unido Processo Estimativa de emissões para a atmosfera (g I-TEQ/ano) Produção de coque 2 Combustão de carvão 5-67 Combustão de óleos residuais 0,8-24 Combustão de macieira 1,4-2,9 Combustão de palha 3,4-10 Combustão de pneus 1,7 Combustão de gás de aterros 1,6-5,5 Unidades sinterização 29-54 Siderurgias 3-41 Fundições (não-ferrosos) 5-35 Cimentos a 0,2-11 Calcários 0,04-2,2 Vidro 0,005-0,01 Cerâmica 0,02-0,06 Compostos halogenados 0,02 Pesticidas 0,1-0,3 Combustão de RSU 460-580 Combustão de resíduos químicos 1,5-8,7 Combustão de resíduos hospitalares 18-88 Combustão de lamas de ETARS 0,7-6 Asfaltos 1,6 Crematórios 1-35 Combustão doméstica 22-52 Trafego automóvel 1-45 Fogos naturais 0,4-12 TOTAL PARA O REINO UNIDO 560-1100 Fonte : 1231 a r t i b o daqueles compostos na gasolina sem chumbo faz com que a emissão de dioxinas e dibenzofuranos seja, neste caso, consideravelmente inferior [15]. 3.5. Fontes diversas Na Tabela II apresentam-se valores estimados para as emissões anuais de dioxinas e congéneres para a atmosfera no Reino Unido, referidas a 1995, por sectores de actividade. É de assinalar neste dados a elevada contribuição da incineração de Resíduos Sólidos Urbanos, que resulta de estarem ainda em funcionamento no Reino Unido, unidades de incineração de primeira e de segunda geração. Grande parte destas unidades vai ter de instalar sistemas adicionais de purificação dos gases efluentes de forma a cumprir teores de dioxinas e dibenzofuranos inferiores a 0,1 ng/Nm3 .

  1. TEORES DE DIOXINAS E DIBENZOFURANOS NO MEIO AMBIENTE As dioxinas e dibenzofuranos emitidos a partir dos processos de combustão são transportados através da atmosfera, depositando-se nos oceanos, lagos e no próprio solo. Devido à sua deposição no meio aquático e à sua baixa solubilidade em água, estes compostos vão ficando acumulados nos sedimentos. Por esta razão, o estudo analítico dos sedimentos permite avaliar quais as fontes que originaram estes contaminantes e em que altura foram emitidos. Deste modo, sabe-se que, anteriormente a 1940, apenas se produziram emissões residuais de PCDD e dibenzofuranos policlorados (PCDF), e apenas a partir desta data se começaram a verificar emissões significativas. Estes dados estão de acordo com início das actividades industriais de produção de compostos clorados.
  2. 5. IMPACTO DAS DIOXINAS E DIBENZOFURANOS SOBRE OS SERES HUMANOS Nos países mais industrializados do Norte da Europa (Alemanha, Reino Unido, Holanda) os níveis de dioxinas encontrados em seres humanos começam a estar perigosamente próximos da dose que se estima ser capaz de produzir os primeiros sintomas de toxicidade em seres humanos e animais [16]. Os efeitos sobre seres humanos expostos a doses baixas de dioxinas e dibenzofuranos incluem alterações do seguinte tipo : imunossupressão, com consequente diminuição das defesas do organismo contra agentes patogénicos vindos do exterior; doença hepática, com aumento de volume do fígado e acumulação intracelular de gordura (com possível evolução para cirrose hepática); possível redução da contagem de espermatozóides viá- veis, o que poderia explicar parcialmente a diminuição acentuada, nos últimos 50 anos, dos níveis de fertilidade; indução enzimática dos enzimas hepáticos de destoxificação (família dos citocromos P450); alteraçõ- es da coagulação sanguínea. Na Holanda foram detectados casos de derrame sanguíneo cerebral em recémnascidos, que foram associados a exposições a doses medianamente elevadas de dioxinas comidas no leite materno [16]. Estes derrames podem estar associados a uma deficiência em vitamina K (lipossolúvel), que pode aparecer quando há lesão das células do fígado, e uma redução consequente da quantidade de ácidos biliares incluídos na bílis. Esta redução origina uma má absorção de compostos lipossolúveis por deficiente emulsão das gorduras no duodeno, que terá afectado negativamente a absorção de vitamina K, resultando nos derrames descritos. O consumo de peixe por populações humanas, em zonas costeiras do Mar Báltico, foi também associa- 18 QUÍMICA - 72.1999 a r ti g c) (*) do aos primeiros sintomas de exposição a dioxinas em doses medianamente elevadas [17]. As dioxinas estariam neste caso contidas na gordura do peixe, sendo este um bom exemplo da contaminação através da cadeia alimentar. A entrada destes contaminantes no corpo humano faz-se principalmente por via indirecta, através da cadeia alimentar [18], sendo menos importante a via de contacto directo corn a pele e a via respiratória [19]. Os produtos animais contêm apenas um determinado número de isómeros tóxicos mais estáveis [20], e diversos estudos [21] demonstram que uma importante percentagem das dioxinas e dibenzofuranos, procedentes de sedimentos e cinzas volantes, penetram na cadeia trófica por bioacumulação em organismos aquáticos. Uma vez o contaminante presente no corpo humano tende a acumular-se em diversas zonas com elevado teor em gordura, tais como o tecido adiposo e o leite materno. Em 1989 efectuaram-se diversas análises de leite humano, em que foi detectada a presença de PCDD e PCDF [22]. Os níveis encontrados indicam que não há diferenças entre zonas industrializadas e outras. Mais de 50% das dioxinas encontradas são do tipo octaclorodibenzo-p-dioxina, em gamas de concentração entre 200 e 2000 pg/g de gordura. Uma conclusão importante destes estudos é a de que a concentração de PCDD e PCDF no leite materno decresce à medida que aumenta o número de filhos que tenham sido amamentados pelas suas mães, o que indica que a amamentação é uma via importante de transferência das dioxinas da mãe para o filho. Além disso, tem-se verificado, por meio de estudos cinéticos, que os isómeros mais lipofí- licos são os que se eliminam mais rapidamente através do leite materno. Vartiainen e Liimatainen [ 16] demonstraram que as dioxinas e dibenzofuranos são cancerígenos no Homem (cerca de 20 anos após a exposição), como aliás já tinha sido demonstrado em animais, embora os mecanismos concretos da geração de tumores não estejam ainda completamente esclarecidos. Os "efeitos letais" da exposição teriam assim um período de incubação de cerca de 20 anos, o que explica a dificuldade, encontrada até 1991, em estabelecer um nexo de causalidade entre exposição a dioxinas - tanto no caso de acidentes graves (exposição a doses altas em curto período de tempo) como nos casos de trabalhadores expostos a doses mais baixas por períodos consideráveis - e o aparecimento de cancro no Homem.
  3. 6. CONCLUSÃO Do exposto, conclui-se que os compostos policlorados da família das dioxinas e os dibenzofuranos constituem um problema de que só se tem vindo a tornar consciência recentemente, mas que tudo indica ser de enorme gravidade, principalmente devido á facilidade de bio-acumulação, persistência e toxicidade. Além disso, o seu efeito não se restringe a áreas industriais limitadas, uma vez que as fontes que os originam são muito variadas e estes contaminantes são susceptíveis de serem transportadas pelo vento através da atmosfera até zonas razoavelmente afastadas da sua fonte de geração. REFERÊNCIAS 1. Gilman, H.; Dietrich, J.I., J. Amer. Chen. Soc., 79, 1439 (1957). 2. Sanderman, W.; Stockman, H.; Casten, R., Chem. Ber., 90, 690 (1957). 3. Kimmig, J.; Schultz, K.H., Dermatologia, 115, 540 (1957). 4. Rappe, C., in Dioxin, Toxicological and Chemical Aspects, SP Medical and Scientific Books, London, 1978. 5. Fanelli, R., Garttini, S., "Human exposure to dioxin", New Horizons in Biological Dosimetry, 167, Wiley-Liss Eds., New York, 1991. 6. Travis, C.C.; Frey, H.A.H., Science of Total Environment, 104, 97 (1991). 7. Pohjanvirta, R.; Vartiainen, T.; Uusirauva, A.; Monkkonen, J.; Tuomisto, J.; Pharmacology and Toxicology, 66, 93 (1990). 8. Vartiainen, T.; Liimatainen, A.; Kauranen, P.; Science of Total Environment, 62, 75 (1987). 9. Kringstad, K.P.; Lindstrom, K., Environmental Science Technology, 18, 236A (1984). 10. Rosenberg, C.; Kontsas, H.; Jappinen, P.; Tornaeus, J.; Hesso, A,; Vainio, H., Chemosphere, 29 (9-11), 1971 (1994). 11. Halonen, I.; Tarhanen, J.; Oksanen, J.; Vilokki, H.; Vartiainen, T.; Ruuskanen, J., Chemosphere, 16, 1759, 1993. 12. Someshwar, A.V.; Jain, A.K.; Whittemore, R.C.; LaFleur, L.E.; Gillespie, W.I., Chemosphere, 20(10-12), 1715, 1990. 13. Swedish Environmental Protection Agency, Report 4008, Stockholm, 1992. 14. Penner, S.S.; Li, C.P.; Richards, M.B.; Wiesenhahn, D.F., Science of Total Environment, 104, 35 (1991). 15. Muller, M.D.; Buser, H.R., Environmental Science Technology, 20, 1151 (1986). 16. Vartiainen, T.; Liimatainen,A., Mutation Res., 169, 29 (1986). 17. Kronberg, L.; Vartiainen, T., Mutation Res., 206, 177 (1988). 18. McLachlan, M.; Thoma, H.; Reissinger, M.; Hutzinger, O., Dioxin 89, Toronto, 1989. 19. Keenan, R.E.; Sauer, M-M.; Lawrence, F.H., Chemosphere, 19, 877 (1989). 20. Beck, H.; Eckart, K.; Mathar, W.; Wittkowski, R., Chemosphere, 19, 655 (1989). 21. Kuel, D.W.; Cook, P.M.; Batterman, A.R.; Lothenback, D.B.; Butterworth, B.C.; Johnson, D.L., Chemosphere, 14, 427 (1985). 22. Birmingham, B.; Thorpe, B.; Frank, R.; Clement, R.; Tosine, H.; Fleming, G., Chemosphere, 19, 507 (1989). 23. Her Majesty's Inspectorate of Pollution, "A Review of Dioxin Emissions in the UK", DoE Report N° DoE/HMIP/RR/95/004, Sector N' 2.1, DoE, London, 1995. 24. Fielder, H.; Hutzinger, O., Toxicological and Environmental Chemistry, 29, 157 (1991). * as concentrações de poluentes em gases indicam-se expressas em unidades de massa por m 3 em condições PTN (Nm 3 ) Departamento de Engenharia Química, Instituto Superior Técnico, Av. Rovisco Pais, 1096 Lisboa Codex (* *) Faculdade de Farmácia; Universidade de Lisboa, Av. das Forças Armadas, 1600 Lisboa (***) Centro de Tecnologias Ambientais, Divisão de Ambiente, Ener   

Algumas das fotos do desastre ambiental no Rio Tejo. Duma forma estranha as autoridades não teem cumprido com a diversas legislação ambiental.Idem para a própria Constituição p ex no artº.9º que não é cumprido há demasiados anos!













sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

RIOS POLUÍDOS COM SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E REPRESAS E BARRAGENS CONTAMINADAS



RIOS POLUÍDOS COM SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E REPRESAS E BARRAGENS CONTAMINADAS SÃO VISTAS DOS SATÉLITES, TANTO EM PORTUGAL COMO EM ESPANHA. MESMO COM A ÁGUA COM BOA QUALIDADE OS SEDIMENTOS TOXICOS, ACUMULADOS NESTAS BARRAGENS SÃO TAMBÉM DETECTADOS, com as actuais tecnologias

Buenos días/Buenas tardes
.La Vergüenza en España! ..Y Portugal !
Por qué el Gobierno Español no lo sabe que está pasando? Por qué el Gobierno español oculta el delito de sus poblaciones?
Y el Gobierno Portugués no lo sabe que tiene tambien presas cargadas de productos tóxicos?
Toda la cadena alimentaria está muy/altamente contaminada con metales pesados, especialmente a lo largo/con el Rio Tajo.
Vergüenza en España! ..Y Portugal !
A vergonha em Espanha! .. e Portugal.
Será que o Governo Espanhol não sabe o que se passa? Porque é que o Governo espanhol esconde este crime das suas populações?
E o Governo Português também não sabe que possui no nosso território algumas represas também carregadas de produtos tóxicos? Escoando estes para os rios e entrando nos veios freáticos?
Toda a cadeia alimentar está altamente contaminada.
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https://www.facebook.com/www.sos.rio.tejo/
https://www.facebook.com/DeMattosMontteiro
Governo de Portugal
Governo de Espanha
Apa-Agência Portuguesa do Ambiente
Greenpace
Diversos Estados serão avisados pois toda esta carga quimica está a ser descarregada para o Oceano Atlântico e já chega a outros Países! Temos essas provas já em nosso poder.
Ora -e é demasiado óbvio- que não terão de ser os outros Países a descobrir que Portugal y Espanha estão a contaminar as suas águas, mas sim o contrário, Portugal e o vizinho Espanhol terão de tomar medidas e comunicar a esses Países que as suas costas e suas águas continentais estão a ser contaminadas a partir de Portugal y Espanha! Será que se Portugal se recusar a tomar estas medidas, não poderá ser obrigado a fazê-lo? Claro que sim e existem diversas formas de o concretizar. PORTUGAL Y ESPAÑA, ASSINARAM DETERMINADOS CONVÉNIOS A NÍVEL DAS NAÇÕES E QUE TERÃO DE OS CUMPRIR. Eu e assinando aqui por baixo‪#‎DeMattosSébastien‬, só poderei dizer, LAMENTAVEL!
Presas cargadas de productos tóxicos. Contamination del rio Tajo con metales pesados. O mejor, ahora, no es sólo el río Tajo, ahora és todo el medio ambiente, en nuestra Península Ibérica.! Lamentable !
(nota: alguns contactos e palavras foram cortados na medida em que seria deselegante para com os mesmos). Continuamos com esta investigação e contactos internacionais.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

CARTA ABERTA PARA A 11ª.COMISSÃO DO AMBIENTE ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA- PORTUGAL

CARTA ABERTA PARA A 11ª.COMISSÃO DO AMBIENTE
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA- PORTUGAL
À ATENÇÃO DE TODOS OS DEPUTADOS, DE TODOS OS GRUPOS PARLAMENTARES:
Com conhecimento à Procuradoria Geral da República
http://www.ministeriopublico.pt/
e Comissária da Justiça Europeia Věra Jourová (com texto reduzido e apropriado em inglês)
O 25 de Abril já foi há 42 anos meus senhores e com a devida vénia pelo vosso cargo democrático. Vamos ter todos de ganhar coragem de falar e de apontar o dedo aos criminosos...... já que são tratados pelas autoridades como benfeitores de Portugal! Por exemplo, este senhor Alcides Branco já deveria ter sido detido há vários anos! Toda esta estrutura accionista deverá ser investigada. Este assunto compete ao Ministério Público-Procuradoria Geral da República e espero bem que a PGR esteja em plena acção. Receberam também muitos milhões para implantarem estas industrias assassinas. Falta dizer que os estudos comparativos para saber os custos da contaminação/destruição do Rio Tejo e seus afluentes, até agora não foram efectuados (!). Melhorando a linguagem, quero dizer, saber-se a quantificação dos fundos comunitários e nacionais, depois os fluxos financeiros que geraram e incluindo os postos de trabalho criados e depois comparado com os custos da destruição ambiental, e não esquecendo a parte hídrica e atmosférica com o C02 lançado para a atmosfera ,os problemas oncológicos criados a centenas de milhares de pessoas, a destruição económica duma região inteira, a contaminação dos veios freáticos destruídos e que demoram muitos milhares de anos a regenerarem-se e que irá impedir a população futura de aceder a água potável. e outros elementos de contexto.... Já agora este assunto já foi aflorado aqui neste grupo em Maio/Junho de 2015 e nessa altura, apoiei-me nos estudos efectuados pelo governo do Canadá e em que esteve em causa exactamente a mesma industria de tratamento de pasta de celulose e a destruição ambiental. Nesses estudos as conclusões e que são públicas, foi de que os custos eram muito superiores aos benefícios e que ou a industria seguia a indicação governamental de zero poluição ou teria de encerrar e em poucos anos umas fábricas de celulose decidiram encerrar e outras foram encerradas à força pelo governo Canadense. Aconselhava até-se me permitem- a 11ª.Comissão do Ambiente e os senhores deputados, a lerem estes estudos do Canadá , dado inclusive, a poluição de Vila Velha de Ródão já ter entrado no Oceano e já estar a chegar a outros Países. Estes países serão avisados nos próximos dias. Esta contaminação já deixou de ser só nossa - caseira-Portuguesa-Beira Baixa-Ribatejo!- e estes metais pesados estão já a disseminar-se por todo o Oceano Atlântico. Esta contaminação não pára na ponte 25 de Abril!!!!!..... já passou para GLOBAL. Lamenta-se as declarações da CELPA - Associação da Industria Papeleira, ontem na AR e só não disseram que estes metais pesados que passam aqui no rio Tejo e vêem da industria de celulose são diferentes dos do Canadá!. Neste País (Canadá) os metais pesados (sendo as formulas e produtos exactamente os mesmos) e outras químicas matavam e aqui em Portugal isso não acontece, serão até benéficas para a saúde das gentes ribeirinhas!.??!!..Impressionante e provocador!...
Relembro também à 11ª Comissão que se não forem ouvidos os mestres em ambiente, toxicologia, ecotoxicologia, microbiologia e sanitária, as conclusões que saírem deste Inquérito desta Comissão serão parciais e deficitárias e eventualmente até unilaterais. Agradeço que estes "Mestres" sejam chamados a intervir, como já comuniquei a essa Comissão. Penso ser, até incontornável! Haja Deus para tanta incúria, desplante, disparates,incompetência e até provocações à própria Assembleia da República e ao Estado de Direito. assinado.

#‎DeMattosSébastien‬
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‪#‎11ªComissãodoambiente‬
#‎ApoluiçãoeoEstadodeDireito‬
#‎PoluiçãoTejoOrtiga‬,‪#‎CommissionerofthejusticeVěraJourová‬
#‎CommissioneroftheEnvironmentKarmenuVella‬
#‎CommissionPresidentJeanClaudeJunker‬ 
#‎GovernodePortugal‬
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