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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR DERIVADO À DESTRUIÇÃO DO RIO TEJO, E,CLARO, TAMBÉM À FALTA DE DESENVOLVIMENTO

A DESTRUIÇÃO DO ECOSSISTEMA DO RIO TEJO. PARA REFLEXÃO DE TODOS.~
 ver fotos abaixo

Esta primeira foto aqui já em baixo, 
 é a famosa Cordilheira das Portas do Ródão. Logo por cima é visível na foto, a ponte rodoviária (que liga a Nisa pela estrada nacional ) estão 2 locais famosos, sendo um pela positiva história e o outro pela negativa actual ligada à destruição do rio Tejo
1 - Por cima da ponte umas centenas de metros houve aqui um famoso Porto Fluvial antes da construção das barragens de Belver/Ortiga e da do Fratel. O nosso Rio Tejo já foi uma grande via de comunicação nos séculos anteriores  e de que restam ainda muitos vestígios. Os produtos desta zona do interior chegavam a Lisboa e arredores pelo Tejo (principalmente). Ainda hoje é das zonas mais bonitas de Vila Velha de Ródão Também é aí que se encontra o ancoradouro actual que serve de apoio ao lazer desta Vila bem como aos pescadores profissionais. Podia ser um ex-libris nacional, mas não o é, mesmo que as fábricas tentem não descarregar os efluentes no fim de semana, feriados de fins de semana prolongados. Mas mesmo assim...nem sempre! Claro que o nosso Ministério do Ambiente, Apa, e Hidroeléctricas sabem-no muito bem. Como o Senhor Ministro do Ambiente disse e está no Relatório publicado a 26/11/2016 se não o modificarem (!...), dependem deste rio Tejo cerca de 3.000.000 de pessoas directa ou indirectamente, e por isso acho estranho e muito violento menosprezarem-se todas estas pessoas em detrimento duma industria ou até que seja dum cluster!. O PIB nacional não pode valer tudo e até mais do que a nossa vida! Algo vai muito mal nesta actualidade de vidas e vistas curtas. Texto completo a seguir
A seguir é tudo negativo:
2 - A segunda foto é na barragem do Fratel e depois em Abrantes e depois Ortiga e etc- Pela negativa a descarga no centro do Tejo de várias fábricas aqui sediadas em Vila Velha de Ródão,, que têm obtido ajuda governamental, de diversos Governos, diga-.se, e que daqui para baixo terão estado a destruir todo o ecossistema do Rio Tejo. Os metais pesados aqui descarregados são cancerígenos e continuam por fazer os estudos indicando quantos milhares de pessoas é que já morreram derivado a estas substancias cancerígenas que entram na cadeia alimentar, até Lisboa, mas com especial incidência nos concelhos mais próximos. E, se banhados pelo rio Tejo então falamos de dezenas de quilómetros a jusante deste local… de Vila Velha de Ródão. Falamos de Nisa, Gavião, Mação, Abrantes, Constância, Barquinha, e por aí abaixo. Créditos da primeira foto para o Ministério do Ambiente/e/ou/ Apa.
Claro que aqui não há espuma visível nesta foto, sendo a única visibilidade de poluição a cor castanha da água. Claro que estes metais pesados ao serem descarregados juntamente com o efluente no Tejo vão provocar alterações químicas, das suas fórmulas originais, e sendo o caso mais conhecido da "captura por estes" do oxigénio da água. Claro que de seguida os peixes morrem e lá vem de novo a Apa dizer que os peixes morreram por falta de oxigénio e andamos nisto há anos a esta parte. Claro que a Apa não costuma dar o passo seguinte e dizer qual o metal pesado que contribuiu para a captura do oxigénio na água e qual o efluente que o descarrega. Este comportamento da Apa.é estranho, absurdo e pode até levar a deduções empíricas um pouco mais gravosa . Como estão aqui diversas autoridades neste grupo só lhes restará tirarem as devidas notas. Em conclusão a culpa é dos peixes, se e quando ou porque estão ainda vivos!
Quando terminar o peixe no “cano de esgoto Tejo” já não haverá mais mortes de peixe, obviamente. O ecossistema não é sói peixe mas também aves de muitas espécies, plantas, os veios freáticos e as próprias pedra e areia que são a nossa assinatura. A seguir restará o resto da cadeia . Quando acabarem os pescadores já ninguém reclamará, pois isso faz parte do plano actual da industria prevaricadora. Quando os jovens deixarem esta forma de vida agarradas à terra e perto das suas raízes e emigrarem todos ou pelo menos o que resta aqui do interior , logo deixará de haver contestação! Mas obviamente! Acho estranho os Presidentes das Câmaras Municipais, limítrofes terem deixado de colocar a tónica na desertificação neste interior profundo e incluindo a maior cidade atingida, Abrantes, claro. Acho estranho nos últimos 10 anos ter-se deixado de falar na desertificação deste interior! Será que isso deixou de ser verdade ou haverá outros ângulos para a mesma análise?
Como o Governo se recusa a criar o “Estatuto do Ambientalista” isso é uma mensagem para nós nos calarmos e não levantarmos ondas. Actualmente ou nos últimos anos os Governos terão estado a monitorizar quem fala contra este ‘ status quo’ ambiental ou prec ambiental e não quem está por trás da destruição deste ecossistema do Tejo!.... Leia de novo se necessitar. A pirâmide do ónus da responsabilização está invertida! Parece que a intenção é que deixem de haver vozes livres nas margens do Rio Tejo. Eu e outros como eu tornámo-nos num empecilho, estorvo e mesmo um incómodo. Como diriam os nossos antigos...nós os vivos, somos.uma maçada! .O Rio Tejo foi privatizado duma forma indirecta e encapotada. As populações deixaram de contar neste jogo económico. Penso ser até abusador quando pessoas com responsabilidades politicas utilizam a palavra ‘ambiente’ ou dizer que defendem o Tejo. Este rio passou a pertencer às industrias e não às populações ribeirinhas pelos seus direitos ancestrais. A APA Agência Portuguesa do Ambiente não está nada interessada que andem pessoas a denunciar na beira do Tejo, caso contrário marcaria uma reunião connosco e dizia da sua justiça. Fiz dezenas de contactos com a APA e nenhuma teve provimento, pelo menos a este nível que indico. A Apa não cumpre há muito tempo com a sua Lei Orgânica 56/2012 e aparentemente a sua existência não é a de defender o ambiente e as gentes ribeirinhas que deveria pertencer a todos e não só a uma classe.
Lamento que o famoso estudo sobre o rio Tejo e que foi parido com grande dificuldade em 26/11/2016 não tenha
abordado a questão da destruição deste ecossistema do Rio Tejo. Então, mas, meus Senhores, não foram os problemas da destruição ambiental no rio Tejo que levaram à criação desta Comissão? A Comissão que alegadamente elaborou este estudo ostensivamente não quis falar do assunto principal, logo sendo tudo importante, menos o Tejo! Esta dita Comissão de Acompanhamento do Rio Tejo foi criada/inventada para nos calar....como quem dizia alto lá nós estamos a trabalhar!
Acessos: Links


Foto de De Mattos Sébastien. Cordilheira das Portas de Ródão ou só Portas de Ródão vendo-se ao longe a ponte que liga Vila Velha de Ródão a Nisa pela antiga Estrada Nacional.

Foto de De Mattos Sébastien.Barragem do Fratel Rio Tejo e a primeira barragem a jusante de Vila Velha de Ródão


Foto de De Mattos Sébastien.  Conhecido pelo tal    açude de Abrantes com comportas móveis


Foto de De Mattos Sébastien.  a foto no rio tejo  que despoletou este escândalo nacional e internacionalmente.


Foto de De Mattos Sébastien.   imagem do satélite e o Tejo ao chegar ao Oceano