RECENTE EMPRESA TEJO AMBIENTE CONFESSA ERROS JUNTO AO RIO NABÃO-TOMAR E ARREDORES.
Confesso que fiquei surpreendido positivamente em relação à confissão de prevaricação ambiental, entenda-se. É que não é costume um prevaricador ambiental, vir assumir a sua “mea culpa” por algum acidente/incidente ambiental. Neste caso concreto falamos do rio Nabão, na sua passagem pelo Concelho de Tomar, um afluente importante do rio Zêzere que por sua vez é um importante afluente do rio Tejo.
É verdade que se trata dum empresa Intermunicipal-Publica recente, seja esta Tejo Ambiente, mas também por isso devemos e teremos de prestar atenção aos seus conceitos e planeamentos estratégicos. Afinal quem geria as etares de Seiça e outras até 31/12/2019?
Mas, as autarquias responsáveis por estas etares também já o poderiam ter feito, - apresentando projectos aos diversos Quadros Comunitários- reconhecendo erros e desajustamentos. Ou seja investindo nestas etares. Quase sempre as mesmas estão obsoletas descarregando directamente para os rios. Este problema, é demasiado evidente e conhecido de todos nós no Rio Nabão, descargas ilegais quase diárias neste rio, que não tem caudal para absorver efluentes sem pré-tratamento e em grande quantidade. E digo mais, no verão até pode acontecer o caudal deste rio ser mais de efluente das Etares do que um caudal natural e equilibrado!.. O que diz a lei sobre os acidentes/incidentes ambientais e os alertas públicos para tal? Bem a lei está desajustada/ultrapassada e carece de alterações, mas presentemente dá 24 horas ao prevaricador ambiental para avisar as autoridades, por exemplo, a Apa, o Igamaot, as CCDRs, e até o Ministério do Ambiente. Trata-se dum absurdo legislativo o provocador/responsável ter 24 horas para avisar!!.... Ver o Decreto-Lei 226-A/2007 artº5º nº6. Ao mesmo tempo, eu pessoalmente acho que deverão/terão de ser avisadas as autarquias locais vizinhas/contíguas desse acidente, mais a comunicação social e redes sociais. E actualmente com tudo digitalizado até enviar um sms para todos os cidadãos dessas localidades. Absolutamente!. Por exemplo o peixe desse rio não deve ser ingerido durante algum tempo, nem tomar banho nesse rio. Actualmente há prevaricadores que nem sequer avisam para uma descarga extemporânea, sendo a mesma já assumida como normal e recorrente, não tendo de avisar ninguém!. Por exemplo no rio Tejo tal acontece diariamente. Eu estou aqui em Ortiga na margem direita do Tejo e observo isso.
Ainda em relação a esta nova empresa intermunicipal semi-publica, Tejo Ambiente, dado que irá trabalhar com fundos públicos, vamos vendo qual a sua atitude, pois não basta dizer e assumir que estão a cometer erros nas margens de alguns rios e depois não tomar atitudes para ultrapassar esses problemas, em curto, médio prazo . Planeamento terá de ser a matriz. Não aceito por principio a palavra mitigação, pois antes de chegarmos a esse ponto, há que tomar medidas e planear a resolução destes problemas ambientais. Quando se diz que o problema tal vai ser mitigado há que analisar anteriormente o que aconteceu, ou não foi planeado, em relação a esse acidente ambiental. Claro, aí terá de haver responsáveis civis e criminais. Esse rio Nabão, esse ecossistema, mais as pessoas ribeirinhas terão de ser obrigatoriamente os pilares dessa sustentabilidade que todos nós queremos. Mitigação, nunca foi e nem pode ser uma solução sustentada. Sejam bem vindos senhores da Tejo Ambiente, cá estaremos para ver as vossas soluções junto a este rio Nabão e outros rios e ribeiros,, não esquecendo que é um importante afluente do rio Tejo.
Uma palavra de reconhecimento para o Américo Costa, habitante e defensor acérrimo deste rio Nabão em Tomar. Fiquem bem.
Rio Nabão-Tomar-afluente do rio Zêzere-que é afluente do rio Tejo- Portugal-recorrentemente poluído-Empresa Tejo Ambiente assume culpas (Portugal) Estas são palavras da Rádio Hertz
...José Santos, director-geral da recém-criada Tejo Ambiente, assumiu «responsabilidades no estado do Nabão» – no que aos casos de poluição diz respeito, entenda-se – mas diz desconhecer «qual é a quota-parte dessa culpa» tendo em consideração outros “fenómenos” que atingem o rio, nomeadamente descargas ilegais. O dirigente esteve na recente reunião da Câmara de Tomar para apresentar a referida empresa – na companhia do director-financeiro, Carlos Agostinho – e foi nessa altura que fez “mea culpa”, justificando-a com a incapacidade das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’s) a Norte de Tomar, estruturas que, em dias de chuva, recebem um caudal «três vezes superior à real capacidade». Por aqui – em parte – se explica, assim, que o Nabão apresente sinais de evidente poluição… horas depois de precipitação mais intensa. Nesta apresentação, José Santos fala na necessidade de investimento para ultrapassar este problema. Só um emissário obriga a um gasto superior a dez milhões de euros, advertiu:...
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Camara de Tomar,
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