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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

REFORMA DAS LONGAS CARREIRAS CONTRIBUTIVAS-Segurança Social

REFORMULAÇÃO DAS LONGAS CARREIRAS CONTRIBUTIVAS.Promessa do Senhor Ministro do Trabalho e Segurança social.
Estou 100% de acordo e já enviei as minhas sugestões ao senhor Ministro e estão nesse alinhamento. Ou seja, o que deve ser penalizado é o deficit de carreira contributiva e não a idade. Mostro o meu caso e como eu ainda há algumas dezenas de milhares: comecei com 14 anos de forma ininterrupta. Tenho 39 de cotizações mas deixei de trabalhar há já 7 anos..., caso contrário estaria já nesse limiar dos 50 anos de cotizações.(um exagero!). Portanto trabalhei em cerâmicas debaixo de condições extremas de fumos e temperaturas , mais tarde na construção civil, e mais tarde ainda em mármores, quando ainda se faziam obras só com as mãos e as costas, portanto tenho problemas nos pulmões e nas vértebras. Continue lendo pois existe um absurdo e que é das carreiras não contributivas estarem igual às contributivas contributivas se falamos de valores entre os 200 e os 450€. A própria terminologia de se chamar >carreira< a quem nunca descontou é um absurdo e um completo disparate. Desde o abril74 que viemos neste caminho, sendo toda a classe politica responsável e não adianta dizer que não sabiam de nada. Uma vergonha.
O que eu disse em 2014 numa Junta médica foi: não adianta nada reprovarem-me pois a minha saúde não vai voltar !. Em conclusão sigam as leis de alguns países que estão equilibradas por ex a França.... valorizar a carreira. Vamos imaginar que um dia esta ideia vinga, ora por exemplo se a pessoa tem 35 de carreira e 60 de idade o que deve ser penalizado são os 5 de diferença até aos 40..... mas também deve ter esse crédito acima dos 30 pois há já muitos anos que se entende como uma carreira normal de 30 anos de cotizações devendo ser essa uma possível base de trabalho. É um absurdo quererem que nós que temos idade acima de 60 continuemos a trabalhar e a cotizar para as carreiras mais novas......que começam na actualidade por volta dos 20 e por vezes até mais. e sem sequer valorizarem o esforço que o nosso corpo fez em tempos idos - e por isso está danificado, desde esse tempo em que nem sequer haviam máquinas. Noto até jovens políticos a fazerem comparações! Pergunto, mas comparar os novos tempos com os antigos tal não é possível pois agora um saco de cimento pesa 15 kgs no máximo e antes era 50! Agora há gruas e antes eram as vigotas transportadas a braços e às costas! Portanto vamos comparar o quê?
Já li também uma outra teoria sobre esta possibilidade das pessoas poderem partir para uma parte da sua reforma sem penalizações se já possuem uma carreira contributiva, Mas obviamente que sim. E deve ser estudada. Está a chegar a hora de se enfrentar a questão das longas carreiras... até porque à custa da pressão politica agora temos um paradoxo/absurdo e que ninguém quer assumir como sua responsabilidade... e que é as carreiras não contributivas estarem quase ao nível das outras (contributivas). Mas alguns decisores vivem em que planeta?E agora como é que este imbróglio se resolve? No meu caso com 39 anos de cotizações até já acontece o contrário se me reformasse agora ficaria com muito menos do que comparado com aqueles que nunca descontaram. (carreiras não contributivas!)
O meu caso pode servir de estudo para o senhor Ministro e equipa técnica da segurança social (200€ para mim comparativamente...) e revela a ligeireza com que este assunto técnico veio a ser abordado e sem qualquer debate técnico sustentado. E agora? Os aumentos anuais e por vezes plurianuais às carreiras não contributivas mais a concessão de diversos apoios extras deram neste quebra cabeças que ninguém sabe como se resolve ou quem o sabe não pode ou não quer falar em público pois envolverá custos para a segurança social. Claro que esta questão só se coloca abaixo da fasquia dos 500 euros, e são todos os beneficiários que trabalharam em profissões de desgaste rápido, mesmo sabendo de antemão que agora virou moda classificarmos quase todas as profissões como desgaste rápido. Sejamos claros: em primeiro deverão ser enquadradas as profissões que na década de 70 e ainda na de 80 estiveram debaixo dessa pressão. const civil, fornos, fundições, minas e mármores e granitos!. Já serão muito poucos os vivos dessa área da década de 60.
Ganhem coragem senhores da classe e carreira politica, pois o tempo urge e é por estas e outras que as pessoas se afastam dos políticos. Apercebo-me que as pessoas já da geração anterior à minha (50 anos) estão a abandonar as carreiras contributivas! Afinal para que andei eu a fazer os descontos ao longo duma vida se vou receber menos do que aqueles que nunca descontaram? Lembram-se daquela história das 150 prestações na década de 80? Os ainda vivos estarão a receber à voltam de 400€ sem nunca terem descontado, com essa excepção..revolucionária.

Urge também abandonar alguma teoria marxista nomeadamente em termos de semântica e é um exemplo a expressão "reforma antecipada", pois isso não existe, dado que o que deve contar é a carreira. Se o beneficiário tem uma carreira, onde está a antecipação?
Quando utilizamos a expressão "sustentabilidade do sistema" também é tendencioso e parcial pois marginaliza o lado que foi mais sacrificado.... nós os das tais longas carreiras. A sustentabilidade pode e deve ser entendida como um todo e não a sobreposição dum lado em relação a outros, caso contrário estaremos a falar de outras coisas tipo votos contabilizáveis e não tem seriedade intelectual. Aceito a base social tipificada na lei da segurança social e na própria Constituição, mas não à custa dos que descontaram.

Se a pessoa trabalhou e fez descontos deverá ser isso devidamente valorizado e não a idade!. Este tipo de léxico terá de ser afastado da segurança social duma vez para sempre. Deixo mais um exemplo dos actuais disparates efectuados pela classe politica: Há reformas não contributivas de 300 euros e superiores ! ( caça ao voto!!) . PERGUNTA: então quanto deve valer uma carreira de 40 anos de cotizações senhores governantes e técnicos da segurança social? Menos ou mais?..... A não ser que se mude o conceito de cotizações ou não cotizações.
.......Eu respondo, obviamente que no mínimo 600 € pois caso contrário parece tudo aligeirado e um teatro sem pés nem cabeça e uma falta de respeito por quem descontou e que nem sequer é comparável!. Chegou até aqui então deixo aqui mais uma: os valores que descontei para o fundo de desemprego deveriam ser-me restituídos na integra. Obrigado a quem chegou até aqui, reflita!.
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